segunda-feira, 26 de setembro de 2016

“A pessoa com deficiência na minha história de vida”

Meus primeiros contatos com pessoas com deficiência, de que me lembro, foram aos meus 9 anos de idade no Salão do Reino das Testemunhas de Jeová em Sorocaba. Muitos surdos frequentavam as reuniões e eu gostava de me sentar próximo deles para prestar atenção no que a intérprete sinalizava, embora eu não entendesse nada.
Naquele mesmo ano fui transferido para uma classe que tinha uma aluna cega. Me lembro que ela tinha uma máquina de escrever em braile e tudo que era escrito na lousa, era também ditado para que ela pudesse datilografar. O desempenho dela em sala de aula era acima da média e não me lembro de nenhum problema de socialização entre ela e os demais colegas, muito pelo contrario, ela costumava ser o centro das atenções, mas demonstrava muita madureza para uma criança.
A partir de 2007 comecei a fazer um trabalho voluntário com os surdos e a frequentar reuniões bíblicas integralmente em língua de sinais, depois de um tempo comecei a trabalhar como intérprete, em eventos diversos, esporadicamente. Um desses trabalhos foi ara uma autoescola em São Paulo onde se reuniam dez ou mais surdos de uma vez, foi muito enriquecedor visto que viam surdos de muitas cidades e até mesmo de outros estados. Em 2013 comecei a trabalhar como intérprete no ensino básico e tive o prazer de ajudar uma aluna surda e sua família. Atualmente não há alunos surdos no câmpus Caraguatatuba, mas diariamente mantenho contato com surdos.